A Microsoft
declarou-se vitoriosa em seus esforços para combater fraudes on-line
contra bancos, dizendo que havia confiscado diversos servidores
utilizados para roubar logins e senhas, interrompendo alguns dos
círculos mais sofisticados do cibercrime.
A fabricante de software disse nesta segunda-feira (26) que seu
grupo de investigações sobre o cibercrime também tomou medidas legais e
técnicas para combater criminosos notórios que infectam computadores
com o predominante software maligno conhecido como Zeus.
Ao recrutar computadores em redes conhecidas como botnets, o
software Zeus registra a atividade on-line das máquinas infectadas,
fornecendo aos criminosos as credenciais para acessar contas
financeiras.
"Nós interrompemos uma fonte crítica de renda para criminosos
digitais e ciber-ladrões, ao mesmo tempo adquirindo informações
importantes para ajudar a identificar os responsáveis e melhor proteger
vítimas", disse Richard Boscovich, advogado-sênior para a Unidade de
Crimes Digitais da Microsoft, que administrou a investigação em
colaboração com a indústria financeira.
A Unidade de Crimes Digitais da Microsoft é um grupo mundial de
investigadores, advogados, analistas e outros especialistas que
combatem o cibercrime. Há um ano eles ajudaram autoridades dos Estados
Unidos a eliminar uma botnet conhecida como Rustock que era uma das
maiores produtoras de spam para e-mails. Alguns especialistas em
segurança estimam que em seu apogeu, a Rustock foi responsável por
metade do spam em caixas de lixo de e-mails.
A empresa disse que as manobras anunciadas nesta segunda-feira não
haviam acertado o golpe fatal no Zeus, que ainda está disponível para
download em sites frequentados por hackers criminais. Ele é usado para
administrar muitas botnets, incluindo algumas que não foram impactadas
pelas ações da Microsoft.